segunda-feira, 27 de maio de 2013

Os quatro elementos básicos que estão o tempo todo em comunicação.

  • AFETIVIDADE- possui papel fundamental no desenvolvimento da pessoa pois é por meio delas que o ser humano demonstra seus desejos e vontades. As transformações fisiológicas de uma criança (nas palavras de Wallon, em seu sistema neurovegetativo) revelam importantes traços de caráter e personalidade.
  • EMOÇÕES- é altamente orgânica, ajuda o ser humano a se conhecer. A raiva, o medo, a tristeza, a alegria e os sentimentos mais profundos possuem uma função de grande relevância no relacionamento da criança com o meio.
    MOVIMENTO- as emoções da organização dos espaços para se movimentarem. Deste modo, a motricidade tem um caráter pedagógico tanto pela qualidade do gesto e do movimento, quanto pela maneira com que ele é representado. A escola ao insistir em manter a criança imobilizada acaba por limitar o fluir de fatores necessários e importantes para o desenvolvimento completo da pessoa.
  • FORMAÇÃO DO EU- a construção do eu depende essencialmente do outro. Com maior ênfase a partir de quando a criança começa a vivenciar a "crise de oposição", na qual a negação do outro funciona como uma espécie de instrumento de descoberta de si própria. Isso acontece mais ou menos em torno dos 3 anos, quando é a hora de saber que "eu" sou. Imitação, manipulação e sedução em relação ao outro são características comuns nesta fase.

Estágio Impulsivo Emocional. ( por Iolanda)


O primeiro estágio de desenvolvimento descrito por Wallon compreende o período que vai do nascimento até um ano de idade e contém dois momentos: o da impulsividade motora e o emocional.
A criança inicia sua vida em uma situação de total dependência do meio externo. Em consequência de sua inaptidão prolongada, mostra- se incapaz de resolver suas próprias necessidades para sobrevivência, necessitando do meio social para interpretar, dar significado e trazer respostas a elas. Suas reações de bem- estar e mal- estar irão inicialmente se manifestar mediante descargas motoras indiferenciadas.
Tais manifestações suscitarão nos adultos que a cercam reações de cunho afetivo e de natureza emocional, provocando respostas a suas necessidades. Paulatinamente essa interação criança- meio externo construirá um campo de comunicação recíproca. Respondendo as manifestações e reações do bebê, o adulto passa a compreendê-lo e assisti-lo cada vez mais adequadamente e a construir com ele um repertório de significados comuns.
Nesta fase a criança está voltada predominantemente para a construção do eu. É uma fase de preponderância afetiva, centrípeta, de acúmulo de energia. No sentido walloriano.


1º momento: Impulsividade motora

Wallon descreve esta primeira etapa, que se inicia com o nascimento e dura aproximadamente três meses, como aquela em que o ser é quase o organismo puro e sua atividade apenas por reflexos e movimentos impulsivos.
Nas primeiras semanas após o nascimento, a atividade do bebê está totalmente monopolizada pelas necessidades primárias fisiológicas, sejam elas tônicas- posturais alimentares ou de sono. Tais necessidades não são mais automaticamente atendidas como eram durante o período fetal, o que causa na criança momentos de espera, de ansiedade e de desconforto. Esse desconforto provocará descargas motoras que são movimentos reflexos, impulsivos, descontínuos, não intencionais, que não nenhuma outra utilidade a não ser a de obter a diminuição desse estado de tensão, sejam estes de origem orgânica ou suscitados por excitações exteriores. É a manifestação de uma impulsividade pura.

Simbiose fisiológica e simbiose afetiva

Neste momento de imperícia, o bebê está imerso em uma situação de absoluta dependência do meio que o envolva. A criança depende totalmente do adulto para sobreviver, caracterizando o que Wallon denominou simbiose fisiológica, situação em que se configura uma total diferenciação entre as diversas necessidades fisiológicas e as diferentes formas de satisfaze- las. A criança não diferencia as sensações nem as formas de satisfação.
A partir dos impulsos ou reações motoras, a criança estará comunicando seu desconforto ou suas necessidades, provocando uma reação contagiante em seu meio imediato e estabelecendo assim uma relação intima, profunda, indiferenciada, entre o bebê e seus envolventes. Nesse momento, acrescenta- se à simbiose fisiológica uma verdadeira simbiose afetiva. Tal simbiose caracteriza o período inicial do psiquismo em que a reciprocidade se dá por impulsos contagiantes, pela diferenciação suscitada pela força da emoção.
A criança associará determinadas respostas ao atendimento de determinadas necessidades. Esse condicionamento humano transforma as explosões impulsivas orgânicas em formas de ação sobre o meio esterno.
O meio humano será o mediador entre o fator fisiológico e o fator social, iniciando- se a constituição do fator psíquico.


Movimento

O movimento ocupa lugar de destaque na teoria walloriana. Desde o inicio da vida, ele é uma das principais formas de comunicação da vida psíquica com o ambiente externo.
Para Wallon, o movimento apresenta- se de três formas, cada uma das quais possui uma importância específica no processo de desenvolvimento.
A  primeira forma são os movimentos de equilíbrio, é quando o bebê passa da posição deitada para sentada, depois de joelhos e finalmente em pé. Cada uma dessas posições terá influência decisiva na conquista do espaço e nas mudanças de comportamento.
A segunda são os movimentos de preensão e de locomoção, Wallon refere- se aqui aos deslocamentos do corpo e dos objetos no espaço, que trarão à criança outra concepção de si mesma e do domínio do espaço.
A terceira são as reações posturais, a saber, os deslocamentos dos segmentos corporais, que vão permitir atitudes  expressivas e mímicas.

2º momento: Emocional

A impulsividade se traduz em sinais que estabelecem entre a criança e o adulto um circulo de trocas que acabam por condicionar e construir reciprocamente as reações do bebê a seu meios vice- versa.
Cria- se, assim, um risco canal de comunicação entre o bebê e seu  meio, em que a troca é essencialmente afetiva e inicialmente sem relação intelectual.
Podemos entender que “afetivo” aqui como a capacidade de afetar o outro, contagiando-o para o atendimento a uma solicitação. O bebê afeta o meio que o circunda, obtendo respostas deste para suas necessidades.

Atividade Circulares

Na segunda metade do primeiro ano de vida, a criança começa a entregar-se a uma série  de atividades  repetitivas que irão promover aprendizagens importantes e que anunciam o estágio posterior: o sensório- motor.
Essas atividades, denominadas circulares, são movimentos inicialmente casuais, mas que serão repetidos intencionalmente pelo bebê, levando-a a investigar a conexão entre seus movimentos e seus afeitos e a variação dos efeitos diante das variações dos movimentos, ajustando cada vez mais seus gestos aos resultados obtidos e tornando- os, assim, mais precisos e úteis.
Tais atividades levam a criança a conhecer cada vez mais a si própria e aos objetos, e acontecem em função do prazer pela repetição, da perseverança indispensável ao processo da aprendizagem, e da motivação investigadora presente nas crianças para descobrir as conexões entre seus atos e os respectivos afeitos.
O bebê ediante a atividade circular, entrega- se repetitivamente à manipulação dos objetos, apalpando-os no corpo, atirando-os insistentemente no chão. Diverte-se com o barulho feito ao amassar o papel, ao rasgá-lo em pedaços, e ao espalhar o que restou dele. Percebe assim seus próprios gestos e resultados de suas ações.
A atividade circular é, assim, um importante instrumento de aprendizagem em diferentes áreas. Inicia- se neste estágio, ainda marcado pela subjetividade afetiva e de construção de si, mas alcançará seu auge no estágio seguinte, o sensório- motor, que inversamente será marcado por um maior interesse pelo mundo externo, pelo mundo dos objetos.






domingo, 26 de maio de 2013

Etapa Sensório motora segundo Henri Walloon.

(por Jacqueline e Rosângela)


 Segundo Henri Wallon a etapa sensório motora, acontece no estágio em que a criança está na idade entre 12 meses a 3 anos, Wallon em sua pesquisa diz que esse periodo é construido pela investigação e exploração da realidade, ou seja, a exploração e investigação que põe a criança em contato com com o mundo fisíco.
Ao manipular um objeto ou se encantar com os movimentos do corpo descobertos recentemente, a criança tenta reproduzir novamente, na tentativa de obter o mesmo efeito.
Nomear, identificar e localizar objetos são conquistas importantes para que a criança consiga destaca-los do conjunto de etapas em que são inseridos ao longo dos anos.


sexta-feira, 10 de maio de 2013



Esse documentário fala sobre o nosso tema Educar, brincar e cuidar...

Gostaria de saber do grupo, qual é a sua opinião sobre o tema???

Você acha que podemos ensinar brincando???

Como podemos fazer isso ???

O que se entende por cuidar???

Qual sua opinião sobre a Educação de hoje nas escolas da cidade de São Vicente?

O que faria para ajudar a mudar essa situação???


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Estagio da Adolescência ( Por Wykany)

O estagio da adolescência inicia-se a partir dos 12 anos de idade, pois é a partir dessa idade as crianças passam pelas transformações físicas e psicológicas da adolescências.
Este estágio é caracterizado principalmente pelo lado afetivo, pois nessa fase eles sofrem inúmeros conflitos internos e externos.
Essa fase é marcada principalmente pela busca da auto-afirmação e o desenvolvimento da sexualidade, onde o adolescente passa a ver o sexto posto como uma novidade que é a partir daí que surge a atração e a curiosidade.
Para a auto-afirmação o adolescente precisa se posicionar para ser aceito em um grupo em comum ( atitudes e pensamentos), para isso acontecer ele precisa se inserir num grupo pois muitos deles vivem um momento de conflito em casa,então essa inserção serve de escape, esse período é muito conflitante pois pensam e querem mudar o mundo, porém não sabe direito como fazer. Nessa fase ele é motivo pelo desafio, pois isso é de fundamental importância a família busquem uma forma de atrair o jovem e fazer dele uma pessoa próxima para que ele não vá pelo caminho errado. É de suma importância a presença e o apoio da escola nesse processo de identificação do adolescente, onde o mesmo já não se comporta como antes, eles querem chamar a atenção a todo momento falam alto para atrair os olhares dos outros, gesticulam muito e não gostam de ser chamados atenção pelos educadores na presença dos demais, criam regras e gírias para se comunicarem. Os educadores por sua vez precisam de ter muitos cuidados par não afastarem os adolescentes da escola.

sábado, 27 de abril de 2013

Vídeo sobre Personalismo


Quem foi Henri Wallon?

Nasceu em Paris, França, em 1979. Graduou-se em medicina e psicologia. Fez também filosofia, atuou como médico na primeira guerra

Henri Wallon Personalismo Crianças de 3 a 6 anos (Por Rosicleny)

                                                     

                                                       Estágios do Personalismo


                 São os Estágios voltados para a construção da personalidade. Ao longo dos três primeiros anos de vida é adquirido pela criança gradualmente a "Consciência Corporal". 
                 No estágio Sensório-Motor representa a passagem dos atos motores e mentais, por meio da capacidade simbólica, isto é, a capacidade da criança em reconhecer o próprio corpo. Segundo Wallon para que a criança adquira a personalidade ela precisa passar por essas etapas para unificar suas partes. Sendo a consciência Corporal a condição para que a criança obtenha a consciência de si, para o processo de diferenciação eu/outro ser compreendida como constituição da pessoa. 
                 Esse estágio é marcado por Oposição , Sedução e Imitação . Por volta dos 3 anos de idade, a criança inicia sua oposição ao outro.É a inicialização da diferenciação em relação ao outro em busca da afirmação de si. 
          A criança nessa fase sente prazer em contra-dizer e confrontar-se com todos de seu ambiente,experimentando sua independência. Por Wallon chamado de Recusa e Reivindicação . Assim assume características de negatividade e confronto, esse comportamento é percebido pela diferenciação que a criança faz com o "meu" e o "teu" através dos objetos (principalmente os brinquedos).É o sentimento de posse, baseado num sentimento competitivo.
               Assim torna-se manhosa segundo Wallon, simula uma coisa para conseguir o que quer. O que geralmente acontece quando empresta um brinquedo ao amiguinho uma estratégia para pegar o dele. Porém para conseguir o que deseja a criança pode usar de sua força ou recusar-se a emprestar o brinquedo, só porque tem ciúmes, mas empresta com alegria a alguém a quem admira. 
               Surge então a fase da Sedução , a criança nessa fase sente determinada necessidade de ser admirada, de sentir que agrada aos outros. Assim mostram que executar movimentos com perfeição faz com que seja prestigiada e admirada para obter atenção. Ainda nessa fase os não , não faço e os não empresto , é meu , ficaram no passado da criança. Surgindo assim nessa fase o Olha o que eu faço! , Olha o que eu consigo! 
               No período doas 3 aos 5 anos a Imitação marca a terceira fase do Personalismo, a criança cria personagens e adquirem uma necessidade de auto-substituir os outros. Para a criança não são mais suficientes as suas qualidades e cobiça as dos outros, tomando como modelos. Assimila as qualidades da pessoa-modelo e reproduz como uma nova pessoa.Essa conduta de imitação favorecem a aprendizagem. 
            Sendo assim para Wallon é de muita importância a situação da criança na família, os pais compreenderem o papel e o lugar que aquela criança ocupa na família. Também o meio escolar é fundamental para o desenvolvimento, pois oferece novas oportunidades de convivência para a criança possibilitando o preparo da criança para o período seguinte promovendo a criança contato com outras crianças da mesma idade, onde não haverá distinção do mais velho e mais novo. É preciso que o professor tenha interação com a criança numa relação de ordem pessoal e direta.

Personalismo ( por Beatriz)

Essa etapa de Wallon se inicia pelos 3 aos 6 anos, é a fase do descobrimento da criança, onde ela sabe o que pode realmente e o que não se pode fazer ou até mesmo falar.A criança já sabe usar as pequenas palavras como " NÃO" "EU" "MEU" e outras pequenas palavras que é a partir delas que as crianças conseguem tudo aquilo que deseja, se caso uma criança pedir algo e for negado por algum adulto ai a criança já se sente com baixa autoestima, se for ao contrário a criança já fica toda exaltada. A partir dessa idade as crianças já tentam chamar nossa atenção por qualquer coisa, tudo acha que tem graça, para eles o simples fato de agradar um adulto já é o máximo para si mesmo.Tem a fase de querer imitar seus pais, avós etc, colocando roupas, sapatos, maquiagens, achando que já é adulto. Existem também a fase que passa a olhar o adulto como espelho e gravando tudo que ele faz para ser la na frente. Na minha opinião essa fase Personalismo como o nome já diz,é o estagio em que a criança é mais ligada em tudo que está em sua volta,tudo é novo, todas são curiosas,pois é a partir dessa curiosidade que elas começam a criar sua personalidade.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Para Pensar !!!

A teoria de Henri Wallon ainda é um desafio para muitos pais, escolas e professores. Sua obra faz uma resistência contumaz aos métodos pedagógicos tradicionais. Numa época de crises, guerras, separações e individualismos como a nossa, não seria melhor começar a pôr em prática nas escolas idéias mais humanistas, que valorizem desde cedo a importância das emoções?

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Teoria de Henri Walon



 

A teoria do desenvolvimento de Henri Walllon, interpretado pela querida Mafalda!

Video feito por Marcelo Lafaro (via you tube)

sexta-feira, 1 de março de 2013

"Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo".

Paulo Freire....